Ei gente! Como prometi, relato abaixo outro momento de vitória que vivi e que serve para termos a certeza de que não devemos jamais desistir de nossos propósitos...
17 de agosto de 2011.
Estava indo fazer o meu exame demissional, de carona com o namorido, quando, numa avenida súper movimentada do centro, vejo uma peludinha toda encolhida perto de um ponto de ônibus lotado.
Na hora gelei, meu corpo literalmente formigou e em segundos pensei uma milhão de coisas (a 1ª, é claro, preciso ajudá-la, mas logo em seguida pensei, meus Deus consegui adoção para Flor ontem, acabei de ficar sem emprego, resgatar agora é loucura...) masssss, como todo protetor tem um pouco de loucura...
Pedi ao namorido para parar o carro, ele parou e eu subi a rua correndo. Cheguei de mansinho, tentei colocar a mão, ela rosnou, assustada e tremendo muito, abri minha bolsa e peguei um sachê de ração, ela aceitou e já deixou eu colocar a mão, chamei um senhora que estava no ponto, pedi para ela pegar, dentro da minha bolsa, a coleira (isso mesmo, ando com ração e coleira dentro da bolsa, rs) e coloquei na pequena.
Tempo curto, quase em cima do horario para o exame... sabia que o namorido não aceitaria participar ativamente do resgate... vi então um estacionamento e pensei "é ali mesmo que vou pedir ajuda" e lá fui com a pequena no colo. O rapaz, depois que jurei que voltaria para busca-la, permitiu que eu a deixasse presa perto do escritório dele, então, assim fiz...
No caminho para o exame liguei para um táxi-dog, que me disse que so poderia busca-la depois das 18h. Terminei o meu exame e voltei correndo para o estacionamento, morrendo de medo dela ter fugido, mas ao chegar lá a encontrei sentadinha, com agua e um pouquinho de ração que o rapaz, gente boa, conseguiu.
Recebo uma ligação da My, amiga e protetora, avisando que havia acabado de resgatar um peludo, num bairro próximo, para eu dar um jeito de ir para lá e de lá seguiriamos no carro dela. Cancelei o taxi-dog e lá fomos nós, eu e Lili, caminhando por vários quarteirões até o nosso destino.
Encontramos a My e o Pingo e seguimos para uma clinica super bacana e bem conceituada, que atende a preço diferenciado os resgatados. Os dois foram comigo no banco de trás, a Lili olhando a rua toda feliz (já nem tremia mais) o Pingo pulando em mim igual um doido, rsrs!!!
Na clinica eles foram imediatamente examinados, e material foi colhido para os exames - hemograma e leish, depois colocados no hotelzinho.
...
Seis dias depois, quando estava na casa da minha mãe, acordo com a mensagem da My "Olha seu e-mail urgente", como lá nao tem internet, corri na casa da vizinha sem nem tirar o pijama (coitada, ela tinha acabo de chegar do serviço, enfermeira da Vale, e eu lá querendo usar a internet, heheh).
Abri o e-mail e me deparei com um pedido de ajuda para localizar uma cadelinha que havia sido adotada por elas, quando era ainda filhote e que fugiu no dia 17-08, na região central de BH... Era ela, a Lili, que na verdade se chama Mel... fiquei doida, pulei de alegria e chorei de felicidade junto com minha mãe!!
Telefone em mãos liguei imediatamente para as donas, que estavam euforicas (já haviam sido informadas da possibilidade da Mel ter sido resgatada por mim). Na mesma hora autorizei a liberação pela clinica e elas seguiram para lá...
A veterinária disse que o reencontro foi emocionante, elas choravam, a "Lili" Melzinha dava saltos de alegria. Antes de retornarem ao lar, quitaram todas as despesas do resgate da "Lili" (exames e hotelzinho).
Nem que eu viva 100 anos vou me esquecer deste dia...
Obs. Muitas vezes é preciso primeiro agir, para depois pensar... eu fiz assim e Deus, justo como é, me ajudou!
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| Mel, na epoca em que foi adotada pela sua família (fotos do arquivo da família) |
